“A vida é uma merda, e depois você morre!”

Essa frase sempre me faz refletir sobre como a vida sempre foi injusta comigo!

Nos meus 18 anos de vida nunca pude dizer a mim mesmo: eu sou feliz! Eu tenho uma família que me apoia! Nunca!

Minha família é constituída por meus pais: Alfonso e Leticia e meus dois irmãos: Cayo e Tatyanne. Nunca concordamos em nada. Todos temos pensamentos diferentes (óbvio), porém não há acordos em ambas as partes!

Eu sempre fui diferente dos demais garotos da minha idade. Nunca gostei de futebol, bolinha de gude, pipa ou pião. Até tentava brincar, mas era um zero a esquerda.

Meus vizinhos sempre zoavam de mim por meu jeito de ser, por sempre andar com as meninas e sempre ficar “enfurnado” dentro de casa.

Mas para mostrar para eles que eu não estava nem aí eu os ignorava.

Certo dia conheci um garoto na escola onde eu estudava. Ele era novo no bairro e parecia muito descolado. Trajava roupas da moda e usava oculos escuro num belo rosto emoldurado por uma boca carnuda.

O garoto aproximou-se de mim, tirou os oculos e sorriu. Naquele momento o mundo parou. Minha respiração acelerou quando ele estendeu a mão e disse:

- Bom dia, amigo. Meu nome é Renatho e gostaria de saber se você pode me ajudar a encontrar a secretaria?

- Sim... Posso! É por aqui.

E seguimos rumo à secretaria.

Naquele dia eu tinha me apaixonado por um garoto. Sim, sou gay.

Meu nome?! Christian Evans, mas pode me chamar de Chris! E essa é minha história.